"Hospital de Campanha do PV poderá acolher pacientes do interior”, diz prefeito Roberto Cláudio

Na Capital, epicentro da doença no Ceará, estima-se que o pico já tenha ocorrido. Em maio, Fortaleza vivenciou os momentos mais drásticos da pandemia. Centenas de óbitos e leitos com quase 100% de ocupação. Em entrevista ao Sistema Verdes Mares, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, fala sobre esse cenário, as dificuldades, a necessidade de prudência na atual etapa e os possíveis legados da maior crise sanitária da atualidade.
Cem dias de casos confirmados de Covid em Fortaleza. Esse tempo acumula milhares de vidas alteradas. Para muitos, o atípico momento é de perdas, lutos e angústias. Já são mais de 5 mil mortes no Ceará. Destas, mais de 3 mil em Fortaleza. Para outros, felizmente, é superação. Recomeço. Pelo menos, 67 mil pessoas no Ceará estão curadas. Destas, mais de 5 mil tiveram alta hospitalar. Experiências que, acima de tudo, demandam o acesso ao atendimento adequado na rede saúde. 
Em 100 dias, o Estádio Presidente Vargas virou Hospital de Campanha, o Governo do Estado passou a gerenciar uma unidade da rede particular e a direcionou para casos específicos de Covid, as UPAs e postos de saúde foram integrados à rede de acolhimento de pacientes. Pesquisas sobre as taxas de contaminação foram iniciadas. Mas, sobretudo, a assistência hospitalar precisou ser ampliada urgentemente no Estado. 
Na Capital, epicentro da doença no Ceará, estima-se que o pico já tenha ocorrido. Em maio, Fortaleza vivenciou os momentos mais drásticos da pandemia. Centenas de óbitos e leitos com quase 100% de ocupação. Em entrevista ao Sistema Verdes Mares, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, fala sobre esse cenário, as dificuldades, a necessidade de prudência na atual etapa e os possíveis legados da maior crise sanitária da atualidade. 
Aos 100 dias do registro dos primeiros casos de Covid no Ceará, os índices da pandemia estão recuando em Fortaleza, mas ainda estamos vivenciando a crise sanitária. Analisando a estrutura que foi criada e incorporada à rede municipal para garantir assistência hospitalar, já dá para saber o que ficará de legado para saúde, após a pandemia?
Nos mobilizamos em tempo recorde, basicamente, um sistema de saúde paralelo para a pandemia. Nós chegamos a montar, só do município de Fortaleza, mais de 800 leitos só para a rede Covid. Alguns já foram desmobilizados. De volta para a rede assistencial. Mas, não foram desmobilizados de forma definitiva, não.
Eles deixaram de ser leitos Covid para serem leitos de assistência em geral em virtude de uma redução muito importante da demanda. Isso, demonstrou que criamos uma capacidade assistencial que fez com que a gente chegasse no pico da epidemia conseguindo assistir à população de pacientes doentes. Só foi possível, em virtude da aquisição de equipamentos, da montagem de Hospital de Campanha, da contratação emergencial de profissionais, da compra de insumos hospitalares, da compra de equipamentos de proteção individual. Houve um esforço gerencial muito competente que permitiu que tivéssemos fôlego para dar uma resposta no pior momento.
Agora, estamos todos os dias olhando para os dados. Não tem como definir quando vamos desmobilizar essa estrutura assistencial para a Covid. Estamos, aos poucos, adaptando o que era leito Covid para voltar a ser assistencial para o SUS. Mas, isso de forma conservadora. A cada semana temos o percentual maior de leitos vagos e é importante que a gente mantenha essa rede por algumas semanas mesmo que vaga para, caso haja, algum tipo de retorno eventual. Tudo o que adquirimos ficará para ampliar e modernizar a rede pública na Capital. Esse é um dos legados importantes que ficam na pandemia.
DN

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"Hospital de Campanha do PV poderá acolher pacientes do interior”, diz prefeito Roberto Cláudio BLOG DO CARLOS DEHON Rating: 5 segunda-feira, 22 de junho de 2020

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