Prefeitos incapazes e população imprudente; Crajubar aumenta 3.350 casos em 1 mês




Pela primeira vez, o Governo do Ceará estabelece isolamento social rígido em Crato, Juazeiro e Barbalha ao mesmo tempo. O decreto do dia 27 prevê, em tese, que essa semana será de menos movimentação de pessoas nas três cidades. O Crajubar, para tanto, foi exemplo de má gestão pública e falta de consciência da população no último mês.
Isso porque dados das secretarias de saúde apontam um espantoso aumento de 851% no números de casos nas três cidades em cerca de 30 dias. Isso ocorreu, no entanto, mesmo com decretos municipais, previsão de multas, barreiras sanitárias e isolamento de alguns espaços públicos.
Os números observados mostram que não foi efetivo. Tanto a fiscalização ineficiente quanto a falta de consciência coletiva nas três cidades, colocou o Crajubar como ponto de preocupação no estado. Com isso, prefeitos agora precisam correr contra o tempo e mostrar uma habilidade até então inexistente.
Números
No dia 29 de maio, Juazeiro do Norte tinha apenas 261 casos confirmados. Crato, na mesma data, informou 70 e Barbalha 63 casos. No relatório de ontem, dia 28 de junho, o salto é impressionante: Juazeiro 2.609 casos, Crato 770 e Barbalha 369. Um aumento de 3.354 casos em um mês, totalizando 3.748 pessoas infectadas até agora.
Para conter o avanço da pandemia no Crajubar, no entanto, era preciso que uma ação conjunta fosse tomada desde o início. Não fazia sentido, por exemplo, ter barreiras ou decreto de isolamento rígido apenas em uma das três cidades. Os municípios são interdependentes e formam um conjunto.
Hoje pela manhã as entradas das cidades já tinham barreiras. É preciso também refletir sobre elas. Ao passo que causam congestionamentos, deve mensurar qual a real efetividade de bloquear os veículos que trafegam nas estradas que interligam o Crajubar. Mais que isso, antes mesmos de coibir os carros, é urgente fiscalizar os pedestres.
Estes, sim, aglomeram-se principalmente nos bairros periféricos, e agem muitas vezes como se não houvesse decreto. Como por exemplo na última sexta-feira, dia 26, na feira de animais. Apesar do decreto municipal, pessoas se aglomeraram na tradicional feira na rua Domingos Sávio. No local não havia fiscalização da prefeitura, nem avisos ou regras para distanciamento.
É notório que a economia informal é a que mais sofre com isso. Sem fluxo de clientes, os pequenos comerciantes, autônomos e agricultores precisam de "salvação". isso deve partir dos governos em todos os âmbitos. Nos municípios, cabe ao prefeito coibir o movimento nas ruas e, com isso encurtar o período de reclusão.
Por Felipe Azevedo
Miséria.com.br

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