Marielle: polícia prende bombeiro suspeito de esconder arma do crime


Arquivos Marielle Franco - Página 5 de 6 - Ponte Jornalismo

A polícia prendeu mais um suspeito de participação no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em março de 2018. A prisão faz parte de uma grande operação, que cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão em diversos endereços da capital fluminense na manhã desta quarta-feira (10).
A operação Submersus 2 é uma ação conjunta do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), da Corregedoria do Corpo de Bombeiros e em parceria com a Delegacia de Homicídios da capital.
O cabo do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Corrêa, mais conhecido como Suel, foi preso num condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, onde a polícia também apreendeu uma BMW X6 avaliada em mais de R$ 170 mil. Ele ganha cerca de R$ 6 mil por mês.
Ele é suspeito de ter ajudado a esconder armas dos acusados, entre elas, a que foi usada na emboscada contra a vereadora e o motorista dela. O militar já era investigado por agentes da Divisão de Homicídios da Capital e do Gaeco.
O nome de Maxwell apareceu nas investigações após a prisão de Ronnie Lessa e do ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, em março do ano passado. 
Segundo os investigadores, o bombeiro teria ajudado a ocultar as armas que pertenciam a Lessa, logo após a prisão do sargento, e é suspeito de ter cedido um carro para a quadrilha de Lessa esconder as armas por uma noite após o flagrante que levou este à prisão. A polícia acredita que uma dessas armas pode ter sido usada nos assassinatos de Marielle e Anderson.
O diretor-geral da Divisão de Homicídios, Antônio Ricardo Nunes, informou que Maxwell "participou diretamente do descarte das armas no mar da Barra da Tijuca" e era uma pessoa "muito próxima" a Lessa. Além disso, afirmou que Maxwell também poderá responder por lavagem de dinheiro por conta de "indícios de bens incompatíveis com o seu rendimento". Nunes disse que espera chegar ainda neste ano aos mandantes do assassinato de Marielle e Anderson Gomes.
Uma fonte da Delegacia de Homicídios do RJ contou à CNN que Maxwell e Lessa eram amigos próximos e tinham negócios juntos. Na época do crime, a polícia suspeitou que o bombeiro estaria no carro usado no dia do assassinato da vereadora e seu motorista, mas descartou essa hipótese porque Maxwell apresentou um álibi, provando que acompanhou a mulher em uma consulta médica.
Durante a operação de hoje, realizada na região da Vila Vintém, Zona Oeste do RJ, um homem - que não era alvo das ações da PF - foi baleado e preso em flagrante por tráfico de drogas. Ele teria resistido à abordagem dos policiais.
Repercussão 
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) disse que é "muito importante" a ação da Polícia Civil e do MPRJ. "Esse é um passo muito decisivo nessa investigação." Sobre a relação de Lessa e Maxwell, Freixo afirmou em vídeo que eles são parceiros em diversas atividades ilícitas do Rio de Janeiro. "A gente precisa saber quem mandou matar Marielle", disse o deputado.

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