Chacina e ataque a tiros: violência assusta moradores em Ibicuitinga Município com pouco mais de 11,3 mil habitantes registrou dois episódios de violência nos últimos quatro dias

Em apenas quatro dias, dois episódios de violência levaram medo aos moradores da pacata cidade de Ibicuitinga, a 193 quilômetros de Fortaleza. No sábado, 11, quatro pessoas da mesma família foram assassinadas naquela que foi a primeira chacina do ano no Ceará. Já na madrugada desta quarta-feira, 15, um homem armado invadiu o hospital municipal e baleou o vigilante e três pacientes da unidade de saúde.

Após o mais recente atentado, a Prefeitura foi às redes sociais pedir providências dos órgãos de Segurança do Estado.

"Logo após o conhecimento do ocorrido, a gestão municipal entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS) para que providências sejam tomadas. [...] Um fato muito grave e que merece uma profunda investigação por parte dos órgãos de segurança responsáveis", afirma o comunicado.

Na mesma publicação, moradores demonstraram medo com a onda de violência. "Misericórdia, o que está acontecendo com a nossa cidade?", comentou uma mulher. "Só Deus na causa", disse outra. Também havia comentários pedindo reforço no policiamento e respostas imediatas para os acontecimentos dos últimos dias. "Até quando?", perguntou um outro morador, em tom de desabafo.

O cenário de violência que assusta os moradores acende um alerta nas autoridades. Os quatro assassinatos do último dia 11 representam mais da metade do total de mortes registrado em 2022. No ano passado, Ibicuitinga teve 7 assassinatos.

Em seis dos doze meses do ano, nenhuma morte foi registrada. Os dados são da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp), órgão vinculado à SSPDS. O último assassinato, antes da chacina, tinha ocorrido no dia 31 de dezembro, tendo um jovem de 22 anos como vítima.
Atentado e chacina

O ataque a tiros no hospital municipal de Ibicuitinga aconteceu na madrugada desta quarta-feira, 15. Um homem armado invadiu a unidade de saúde e abriu fogo contra o vigilante e dois pacientes que estavam no local. A ação ocorreu quatro dias após a chacina, mas não há indícios de relação entre os dois crimes até o momento.

As vítimas do atentado foram atendidas no próprio hospital e depois transferidas para uma unidade de saúde de Fortaleza, conforme a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). A pasta não informou detalhes sobre o estado de saúde delas. O autor dos disparos ainda não havia sido identificado ou localizado até o começo da noite desta quarta. Equipes das polícias Civil e Militar realizam buscas desde o momento do crime.

A Secretaria afirmou que o caso é tratado como lesão corporal e está sendo investigado pela Delegacia Municipal de Morada Nova, a 35 quilômetros de Ibicuitinga. O crime ainda cercado de mistérios é mais um episódio de violência que leva medo aos moradores da cidade pacata com pouco mais de 11,3 mil habitantes.

A população está assustada desde a matança do último dia 11. Dois homens suspeitos de participação no crime foram presos pelas forças de Segurança. Conforme as investigações, o massacre teria relação com a disputa territorial entre grupos criminosos. A SSPDS apontou, em nota divulgada na terça-feira, 14, que o filho de uma das pessoas assassinadas faria parte da mesma facção do suposto mandante da chacina. As apurações prosseguem.





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