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| Infraestrutura que vem se formando no Ceará, nos últimos anos, contribui com o desempenho (Foto: Edimar Soares) |
Os usuários de TV por assinatura, internet banda larga fixa, telefonia móvel pré e pós-paga e telefonia fixa no Ceará podem se considerar privilegiados, pois o Estado está entre os melhores do país no oferecimento desses serviços. A constatação é da Pesquisa de Satisfação e Qualidade Percebida, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Nos cinco serviços avaliados, o Ceará ficou acima da média do Brasil e entre os 10 melhores do ranking nacional.
No item TV por assinatura, o Ceará teve a melhor avaliação dos consumidores, com nota 7,55 (a média nacional é 7,17). O Estado ficou em 3º lugar na banda larga fixa (6,97 com média nacional de 6,51), em 8º na telefonia fixa (7,49 ante 7,36 da média Brasil) e em 9º lugar em telefonia móvel pós-paga (7,57 contra 7,49) e telefonia móvel pré-paga (7,58 contra 7,45). A pesquisa entrevistou por telefone 92.188 consumidores – de julho a novembro de 2020 – em todos os estados, em um questionário com mais de 20 perguntas.
“Nos últimos anos, as empresas de telecomunicação no Ceará têm se reinventado, atualizando a interação com o cliente e reduzindo a quantidade das reclamações. Com novas posturas, se moldando às necessidades do consumidor, as empresas conseguem elevar o nível da prestação de serviços e o grau de fidelização do cliente”, observa Fábio Castelo Branco, conselheiro do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE).
Qualidade
O analista de sistemas José Ari Vasconcelos Aguiar Filho sente de perto as vantagens de contar com serviços de qualidade. Morador de Fortaleza, ele utiliza a internet em quase todos os momentos. “Dependo da internet para trabalhar, pois atuo em home office, para estudar, pois faço cursos na minha área, e nos momentos de lazer, para assistir a filmes. Um característica do mercado cearense é ter provedores de menor alcance que, por não atenderem a uma grande quantidade de clientes, conseguem prestar um serviço melhor”, afirma.
“A questão da infraestrutura, com o Cinturão Digital, e a quantidade de empresas no setor são diferenciais do Ceará. O Estado possui uma quantidade organizada e permanente de empresas prestadoras desses serviços. Além disso, há uma variedade de novas empresas surgindo, oferecendo novos e melhores produtos”, ressalta João César Moura Mota, professor titular do Departamento de Engenharia de Teleinformática da Universidade Federal do Ceará (UFC) e diretor da Escola Integrada de Desenvolvimento e Inovação Acadêmica da UFC.
Formação
Para ele, o Ceará tem outro fator competitivo: a capacidade de formação de mão de obra. “O Estado tem grandes instituições públicas e particulares, que formam técnicos e engenheiros de telecomunicações, de informática e engenharia de computação. Esses recursos humanos são fundamentais para dar suporte à criação, implantação, manutenção e gerenciamento de estruturas e negócios na área das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs)”, explica.
“Para o Ceará, é positivo ter bons serviços de telecomunicação, porque atrai investimentos de empresas de fora para se instalarem aqui, o que gera empregos, renda e receita para o próprio Estado. Também existe a vantagem competitiva frente a outros locais, além de facilitar a relação do consumidor com as empresas em transações comerciais, elevando o consumo e aquecendo a economia”, avalia Fábio Castelo Branco.
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