O governador Camilo Santana acertou, com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Evandro Leitão, sua ida à Casa, onde fará a leitura do relatório de execução orçamentária de 2021 e os planos para 2022. A ida do governador pode simbolizar uma despedida. Ele avalia deixar o governo, em abril, para se candidatar ao Senado, ou mesmo permanecer no cargo até 31 de dezembro. A preço de hoje, Camilo deixa o cargo em abril. O próprio governador deseja conceder à sua vice, Izolda Cela, a honra de governar o Ceará.
Para os deputados estaduais, o governador Camilo Santana já definiu que deixará o governo, para disputar o Senado. A sessão desta quarta-feira, 2, será uma despedida, dentro da Casa que o projetou para chegar ao ponto alto da administração pública: o cargo de governador, por duas vezes. Os parlamentares consideram extrategicamente importante a presença de Camilo na chapa liderada pelo PDT, em aliança com o PT e outros 16 partidos.
O senador Cid Gomes, em histórico encontro regional do PDT, em Crateús, declarou para a plateia de dirigentes partidários dos Inhamuns e Sertões de Crateús e Canindé que Camilo Santana seria candidato ao Senado. Em voz alta, disse: “O Camilo é pule de 100 para o Senado e será o mais votado da história do Ceará”. A declaração de Cid anunciava, em Crateús, o primeiro nome da chapa que disputará os cargos majoritários. Nesse mesmo encontro, Cid afirmou que o PT era parceiro há muitos anos e tudo começou com ele, em Sobral, quando disputou o primeiro mandato de prefeito em 1996, derrotando as famílias Prado e Barreto, que dominaram a política municipal por 35 anos. Cid tirou Sobral do caos e o tornou em um dos municípios mais prósperos do País na saúde, infraestrutra, preservação cultural, atração de empresas e educação. Sobral tem as melhores escolas, superando até mesmo o ensino privado. Cid se tornou referência política e altamente famoso como gestor. Em Brasília, onde foi ministro da Educação, é líder do PDT no Senado e representa o Congresso Nacional em todas as discussões sobre projetos educacionais, da área de cultura e infraestrutura.
O reencontro do governador Camilo Santana com os deputados estaduais simboliza, além de uma despedida, o prestígio ao parlamento, onde sempre recebeu apoio, até mesmo dos opositores. O Abolição sempre está aberto aos deputados, que não precisam marcar audiência. O mesmo ocorre nas secretarias do Estado. A aposta dos deputados, na ante-sala do presidente Evandro Leitão, era saber se o governador percorrerá o tapete vermelho ao lado de Izolda, em uma espécie de despedida e sinalizando: “Conversem com a Izolda!”.
(*) ALECE
(*) RB
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