Nélio Machado: decisão da ONU veio em boa hora e é fundamental para evitar o enterro da democracia no Brasil

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247 – O advogado Nélio Machado, um dos maiores criminalistas do Brasil, com quase 50 anos de experiência na área, exaltou a decisão tomada pelo Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, que considerou o ex-juiz Sergio Moro parcial na perseguição judicial empreendida contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"A ONU reafirmou o que era visível a olho nu. Eu mesmo havia suscitado a suspeição do Moro. Ele era absolutamente incompetente para julgar a Petrobrás. O livro de cabeceira dele não era a Constituição, mas a Minha Luta. Ele sempre atuou ao lado da acusação", disse Nélio Machado, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247. "Moro é traidor da pátria. Quem trai a Constituição, trai a pátria", acrescentou.

Na visão do advogado, Moro não foi o primeiro traidor do Brasil e não será o último. "O abuso de poder acompanha a nossa História desde sempre", afirmou, pontuando que o destino de Moro não será alvissareiro. Na entrevista, ele também criticou os setores da imprensa que se associaram ao ex-juiz suspeito neste processo de destruição do estado de direito no Brasil. "A imprensa se engajou no processo de abuso de autoridade contra o ex-presidente Lula. Ela tinha seus interesses e suas conveniências", afirma.

Nélio Machado conta que foi advogado de personagens, como Paulo Roberto Costa e Fernando Soares, que depois se tornaram delatores. "Jamais aceitei esse tipo de prática", diz ele. "Foi um desserviço à advocacia." O criminalista também destacou a importância da defesa de Lula. "Os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins foram baluartes dos valores da advocacia. Todos os advogados que valorizam a advocacia os aplaudem e a OAB deve se penitenciar da sua omissão quando da invasão do escritório. Os advogados precisam ser revalorizados", apontou.

Na entrevista, Nélio Machado também falou sobre o caso do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). "O Supremo não se excedeu", afirmou. "Há sinais indicativos de risco às eleições e de ruptura. Estamos diante de um cortejo fúnebre da democracia, mas não podemos permitir que haja um cadáver", afirmou.

Neste contexto, ele afirmou que a "decisão da ONU veio em boa hora e é fundamental para evitar o enterro da democracia no Brasil."

(*) 247
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