Varíola dos macacos: OMS confirma 131 casos e investiga 106 suspeitos



A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta terça-feira que registrou 131 casos confirmados de varíola dos macacos e investiga outros 106 suspeitos desde que o primeiro paciente foi relatado em 7 de maio no Reino Unido, fora da região onde a doença é mais frequente.

Embora o surto seja "incomum", ele permanece "contido" e limitado, informou a OMS, que está convocando mais reuniões para apoiar países com diretrizes sobre como lidar com a situação.

"Encorajamos todos vocês a aumentarem a vigilância da varíola dos macacos para ver onde estão os níveis de transmissão e entender o desenvolvimento da doença", disse Sylvie Briand, diretora da OMS para Preparação Global de Riscos Infecciosos, na Assembleia Mundial da Saúde em Genebra, acrescentando que ainda não está claro se os casos são a "ponta do iceberg" ou se o pico de transmissão já passou.

Briand ainda reiterou a opinião da OMS de que é improvável que o vírus tenha sofrido uma mutação, mas disse que a transmissão pode estar sendo impulsionada por uma mudança no comportamento humano, principalmente quando as pessoas voltam a se socializar à medida que as restrições do COVID-19 são suspensas em todo o mundo.

A diretora da OMS também ressaltou que existem vacinas e tratamentos disponíveis para a varíola, mas destacou a importância de medidas de contenção apropriadas e mais pesquisas e colaboração global sobre o tema.
Risco no Brasil

Ainda não há casos de varíola de macacos registrado no Brasil, mas o Ministério da Saúde montou um grupo de trabalho para monitorar a situação. A doença é endêmica na África e embora o primeiro caso tenha ocorrido em uma pessoa que retornou de viagem da Nigéria, a maioria não tem associação com a passagem por locais de transmissão da doença. Isso, além de intrigar especialistas, levanta o questionamento sobre o risco do surgimento de pacientes por aqui.

O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alberto Chebabo, afirma que é difícil evitar que a doença chegue ao Brasil, e, por isso, é importante reforçar a rede de vigilância para detectar os casos suspeitos.

"Evitar que tenha caso (no Brasil) em um mundo tão conectado é difícil. Agora, precisamos estar atentos, ter rede de vigilância adequada para detectar rapidamente os casos suspeitos e ter uma estrutura de diagnóstico e vigilância", afirmou.

(*) IG

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