Cearenses testam positivo para Covid-19 pela primeira vez após 32 meses de pandemia; entenda motivos Exposição constante mesmo com o esquema vacinal completo e mutações do coronavírus podem contribuir para novos casos

Desde que os primeiros casos de Covid-19 foram registrados no Ceará, em 15 de março de 2020, já se passaram 32 meses da pandemia no Estado. Porém, com o novo aumento de casos iniciado em novembro, sugerindo uma quinta onda da doença, há cearenses sendo infectados pela primeira vez em quase três anos.

Este foi o caso do analista de gestão ambiental Hubertt Augusto, 27 anos, diagnosticado no último dia 20 mesmo após ter o esquema de vacinação completo com quatro doses.

Durante todo o tempo da pandemia, ele teve contatos de risco. Primeiro, com a mãe, que ficou doente logo nos primeiros meses, sob seus cuidados. Já em 2021, foi a vez do pai, que chegou a passar 12 dias internado em um hospital.
“Eu dormia no mesmo quarto acompanhando ele, mas não tive sintomas gripais. Quando ele recebeu alta, o médico me mandou fazer exame, e deu negativo. Passei esse tempo todo sem sintomas, ou fui assintomático”, observa.

Contudo, na última semana, o pai teve novos sintomas gripais. Por ter tido contato, Hubertt também desenvolveu sintomas e decidiu fazer o teste no Hospital São José. Pela primeira vez, foi diagnosticado com Covid-19.

O analista considerou seus sintomas leves: tosse leve, nariz entupido e garganta inflamada. Ele cumpriu o isolamento em casa e foi liberado a retornar às atividades na sexta-feira (25).
A servidora pública Julie Azevedo, 33, também teve familiares, parentes e colegas de trabalho infectados, mas nunca tinha pego - provavelmente, atribui ela, ao uso contínuo de máscaras tipo PFF2. Contudo, no começo desta semana, durante o expediente, ela perdeu a voz.

Não passou pela cabeça ser Covid, mas o alerta de uma colega de trabalho me fez procurar a emergência de um hospital particular. Acredito que peguei no trabalho. Muitos alunos têm adoecido nos últimos dias e não utilizam máscara.
JULIE AZEVEDO
Servidora pública

Horas após a afonia, vieram dor de cabeça, coriza, dor no corpo, febre e calafrios, mas sem maiores repercussões. “Acredito que, sem as vacinas, teria sido muito pior. Inclusive, os primeiros sintomas lembram muito as reações que tive na primeira dose, com a Astrazeneca”, afirma.
SINTOMAS LEVES

Sabrina Guerra De La Via, 42, já retornou ao trabalho e às atividades cotidianas depois de passar sete dias em isolamento. Também infectada pela primeira vez, ela teve sintomas como “nariz congestionado, coriza, muito mal estar, moleza e bastante dor de cabeça” - mas, ainda assim, “leves”.

A terapeuta ocupacional conta que, ao longo da pandemia, manteve o isolamento, cuidados com higiene, uso de máscaras seguras e procura pelas quatro doses da vacina. Mesmo tendo contato devido ao trabalho, não foi contaminada “devido aos cuidados absolutos”. Para a primeira vez, ela tem uma hipótese.

(*) DN

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