Uma necessidade causada pela pandemia da Covid-19 se tornou em uma experiência bem-sucedida e adotada no tratamento de pacientes contra câncer de próstata. É a redução no número de sessões de radioterapia para o tratamento.
Na fase aguda da pandemia, o número de sessões foi reduzido de 39 para 20 aplicações. Devido aos resultados, isso passou a ser rotina no combate à doença, em conjunto com exames e tratamentos sofisticados. No entanto, a redução se aplica a determinados pacientes, que apresentam características específicas.
“Quando o paciente não apresenta risco de complicação, o tempo de tratamento por radioterapia pode ser mais curto, com cinco sessões com maior intensidade de radiação”, esclarece a médica Mariana Bruno Siqueira, oncologista da Oncologia D’Or, com foco em uro-oncologia.
Essa é uma tendência que começou antes da pandemia e foi intensificada e adotada de forma mais ampla e disseminada no Brasil para vários tipos de neoplasias com a chegada da pandemia, disse o presidente da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), Marcus Simões Castilho, médico radioterapeuta.
A estratégia de redução já é conhecida como hipofracionamento, sendo realizada entre 20 e 28 frações. Isso reduz o tratamento de 7 a 8 semanas para 4 a 6 semanas.
Além dos estudos para o hipofracionamento no tratamento de câncer de próstata, já existiam estudos garantindo a segurança para algumas situações, como, por exemplo, para pacientes com tumores de mama iniciais.
*Com informações da Agência Brasil.
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