29/07/2022 <> SEXTA=FEIRA
A redução de 3,88% no preço da gasolina vendida pelas refinarias da Petrobras anunciada nesta quinta-feira (29) , o segundo corte no custo para as distribuidoras reajuste negativo em menos de duas semanas, leva economistas a refazerem novamente as contas para projeções de inflação neste ano.
Os cálculos reforçam a expectativa de IPCA negativo em agosto, configurando deflação em meio à campanha eleitoral. A inflação é um dos principais obstáculos identificados pela campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro para avançar nas pesquisas.
A redução de 3,88% no preço da gasolina vendida pelas refinarias da Petrobras anunciada nesta quinta-feira (29) , o segundo corte no custo para as distribuidoras reajuste negativo em menos de duas semanas, leva economistas a refazerem novamente as contas para projeções de inflação neste ano.
Os cálculos reforçam a expectativa de IPCA negativo em agosto, configurando deflação em meio à campanha eleitoral. A inflação é um dos principais obstáculos identificados pela campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro para avançar nas pesquisas.
Analistas explicam que o alívio no preço do combustível nas refinarias, que deve chegar às bombas dos postos, não terá efeito sobre o IPCA de julho, uma vez que a coleta da pesquisa realizada pelo IBGE se encerra nesta quinta-feira, dia 28. Mas a redução deve impactar em cheio o IPCA de agosto, quando também serão sentidos os efeitos residuais do reajuste anterior de 4,9%, concedido no dia 19 de julho.
O corte no preço do combustível reforça a expectativa de uma deflação em agosto. Isso porque alguns economistas já colocaram na conta uma possível retração nos preços dos serviços de telecomunicações, por conta da redução do ICMS sobre o setor provocada pela aprovação no Congresso de um projeto que limita o imposto estadual sobre serviços considerados essenciais, o que puxaria para baixo o indicador no mês.
André Braz, economista e pesquisador do Ibre/FGV, explica que a gasolina compromete, em média, quase 7% do orçamento das famílias, e que mudanças no preço do combustível não são desprezíveis sobre o índice oficial de inflação, embora impactem menos em cadeia do que o diesel que é usado no frete e nos ônibus pelo transporte público.
(*) IG
Globo
www.carlosdehon.com
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