Nabucodonosor, Cleópatra, Ramsés... figuras bíblicas e egípcias inspiram nomes de família no Ceará A tradição de registrar os filhos com nomes que não sejam comuns começou com o casal Antônio Alves Feitosa e Estelita Gonçalves da Costa, ainda na década de 30 do século passado.



"Sadraque é primo de Nabucodonosor, pai do Lameque, tio da Safira e avô do Ramsés." Pode até parecer uma frase tirada da bíblia, mas são os nomes de membros de uma família em Acopiara, no interior do Ceará. A família Feitosa tem como tradição colocar nomes fora do comum. Alguns foram inspirados em figuras bíblicas, egípcias, mitológicas e indígenas.

A tradição de registrar os filhos com nomes incomuns começou com o casal Antônio Alves Feitosa e Estelita Gonçalves da Costa, ainda na década de 30 do século passado. Juntos, Antônio e Estelita tiveram 16 filhos, dentre eles Otacílio, Maristela, Gefon, Djanira, Itagibe, Manacéis, Nédima e Mustafá.

Seguindo a tradição, alguns dos filhos de Antônio e Estelita também registraram seus descendentes com nomes diferentes. Djanira, por exemplo, teve Elisa Paraguaçu, Nabucodonosor, Nabupolasar e Cleópatra. Já Maristela teve Agarista, Selomite, Sadraque, Gedor, Gideone, Berenice, Jerusa, Gineton, Baruque, Cetura, Drusila, Lucrécia e Stela.

<> "Começou com minha avó, na intenção de colocar os nomes dos filhos que não fossem nomes assim muito comuns na época, embora ela tenha colocado nomes das filhas de Maria. Mas sempre tinha outro diferente. Maria Gerfon, Maria Guaraciaba, Maria Djanira, que é o caso da minha mãe. Aí os filhos começaram a fazer isso também", disse o filho de Djanira com o nome do antigo rei da Babilônia Nabucodonosor.

<> A minha mãe fez a mesma coisa escolhendo nomes que não fossem nomes muito comuns. E assim foi virando tradição na família de forma que cada um queria um [nome] diferente, inclusive, sem colocar um que já tivesse na família", completa.

O mais recente chegado da família é Ramsés, que tem poucos meses de vida, filho de Lameque. Tem ainda Sadraque, primo de Nabucodonosor, pai do Lameque, tio da Safira e avô do Ramsés.


Nem todos os descendentes são adeptos da tradição, mas, no geral, segundo Nabucodonosor, é algo que se perpetua, como alguns que fazem parte da geração mais recente: Sunamita, Joquebede, Sâmeque, Átara e Mardoqueu.

"Hoje são mais de 150 descendentes de Estelita e Antônio, casal que começou a tradição há quase um século no distrito de São Paulinho, município de Acopiara, onde muitos da família ainda residem", disse.

A árvore genealógica do casal está presente no livro "Da Raiz às Folhas – Genealogia de Noé e Candoia", publicado em 2015, de autoria de Nabucodonosor neto do casal.

(*) www.carlosdehon.com





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