Imperial College inicia testes em humanos de potencial vacina para Covid-19

Atualização, às 18:34
Vacinação contra a gripe para idosos
O projeto já passou pelos testes pré-clínicos de segurança, e além de se demonstrar segura, produziu respostas imunes eficazes em animais.
O governo do Reino Unido anunciou que pesquisadores da Imperial College de Londres iniciarão ainda nesta semana os testes em humanos de uma potencial vacina para a Covid-19.
“Será a primeira vez que a vacina é testada em humanos e irá analisar se a toleram bem e produzem resposta imunológica eficaz contra a Covid-19”, afirmou o governo britânico em nota.
Este projeto de pesquisa desenvolvido pela Imperial College recebeu um investimento de 41 milhões de libras do governo, cerca de 263,5 milhões de reais. A vacina utiliza uma tecnologia inédita, e, segundo o governo, tem potencial para revolucionar o desenvolvimento de vacinas no mundo – acelerando o processo.
As vacinas normalmente são feitas utilizando uma forma enfraquecida, modificada geneticamente ou que contém somente partes do vírus. A vacina do Imperial College tem uma abordagem nova. Ela utiliza moléculas de RNA que foram sintetizadas com base no código genético do novo coronavírus.
A vacina final é feita de pequenas gotículas de gordura recheadas com estes filamentos de RNA. Quando elas entram nas células, induzem a produção de proteínas do vírus, o que cria um sistema de proteção para a Covid-19. A Imperial College reforçou que a vacina não cria cópias do novo coronavírus, nem causa alterações no DNA das células humanas.
“Estou encantada que a Imperial College tenha avançado tão rapidamente para a fase de testes clínicos. Sua tecnologia tem o potencial de ser um verdadeiro fator de virada para o desenvolvimento de futuras vacinas”, disse a presidente da força-tarefa para Vacinas, Kate Bingham.
O projeto já passou pelos testes pré-clínicos de segurança, e além de se demonstrar segura, produziu respostas imunes eficazes em animais. Nesta etapa em humanos, 300 participantes saudáveis com idades entre 18 e 70 anos receberão duas doses da vacina.
Se tudo ocorrer bem, a vacina irá para a terceira fase do estudo, que envolve testes mais amplos de eficácia. Esta etapa, que aconteceria no final do ano, deve envolver cerca de 6.000 voluntários saudáveis. Em nenhum momento do processo os participantes serão expostos intencionalmente ao novo coronavírus.
Os pesquisadores da Imperial College afirmaram que, se os estudos clínicos forem bem sucedidos, esperam prover proteção contra a Covid-19 não somente no Reino Unido, mas no mundo inteiro.

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