A eleição municipal está fora da pauta. O período é apropriado, mesmo, para o cuidar de infectados pelo coronavírus. A única regra que vale no Brasil é usar máscara. Tem outra orientação: evitar aglomerações. O eleitor acompanha o obituário com preocupação. Afinal, mais de 50 mil brasileiros morreram em 90 dias.
O Dr. Cabeto tem uma tese que nos enche de esperança: o Covid-19 não é tão agressivo no Nordeste, como em outras regiões e países. Nossa cota de mortes está chegando ao fim. Um exemplo: Fortaleza, no pico da doença, tinha média de 80 mortes por dia. Esse número caiu para 15 e se mantém em queda, algo muito bom para nossa esperança de superar o momento difícil que atravessamos.
O prefeito Roberto Cláudio foi porta-voz de outra boa notícia: os médicos aprenderam a tratar os pacientes e descobriram o melhor protocolo. "Os médicos sabem qual o melhor anti-coagulante, antibiótico, as doses certas. Isso salva quase todas as vidas", explicou o prefeito, que lamenta a todo momentos o grande número de mortes.
O coronavírus está, nesse momento, varrendo o sertão. O poder público faz campanha e, de forma dura, aplica limitações de circulação para atender os doentes.
O melhor da campanha eleitoral é o contato com o eleitor. Os comícios, debates, reuniões em comunidades e distribuição dos santinhos movimentam a sociedade e ajudam na escolha do melhor candidato. Os especialistas concluíram que essas ações de campanha ajudarão a aumentar a disseminação do coronavírus. Já deputados e senadores concluíram que a campanha pela TV, Rádio e Internet não contemplam o efetivo processo eleitoral. Faltaria a cumplicidade entre candidato e eleitor.
Assim como os shows de artistas famosos, as eleições terão que ter seu momento ideal para acontecer, com regras de distanciamento e maior segurança para o eleitor.
Roberto Moreira
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