Justiça concede liberdade à mulher suspeita de ter encomendado a morte do marido em Canindé

Maria Aparecido Barroso, 36, foi presa preventivamente suspeita de encomendar a morte de seu marido(foto: reprodução/WhatsApp O POVO)


Presa preventivamente desde o dia 27 de setembro suspeita de ter encomendado a morte do próprio marido, a agente de microcrédito Maria Aparecida Barroso, 36, ganhou liberdade provisória nesta segunda-feira, 11. A decisão foi proferida pelo juiz da Comarca de Canindé – cidade onde o crEmbora tenha atendido ao pedido de soltura apresentado pela defesa, o magistrado determinou que Maria não pode sair de casa entre 19 e 6 horas, inclusive aos fins de semana. O despacho também proíbe que a mulher se ausente do município enquanto a investigação sobre o caso não for encerrada e ainda determina que ela compareça obrigatoriamente a todos os atos do processo.

Segundo o inquérito da Delegacia Regional de Polícia Civil de Canindé (DRPC), Maria Aparecida teria planejado a morte do seu então esposo, Jaelson Oliveira, 39, ao descobrir que ele havia mantido relação sexual a três com a própria filha, de 20 anos, – enteada da mulher – e um “ficante” da garota, de 26 anos.ime foi registrado –, Wallton Pereira de Souza.

O jovem, no entanto, resolveu contar a Maria sobre a traição após alegar ter sido enganado sobre a terceira pessoa que participaria do ato sexual. Na mesma conversa, ele se ofereceu à mulher para atuar como intermediador do assassinato de Jaelson. Maria, então, teria lhe repassado cerca de R$ 3 mil, dinheiro utilizado para pagar dois executores encarregados de cometer o crime, segundo consta no inquérito.

Jaelson foi baleado na porta de casa, no dia 29 de junho, junto com a filha, que tentou intervir na situação após ouvir os disparos. Os dois foram socorridos para um hospital da cidade. A garota recebeu alta poucas semanas após o crime, e o pai foi transferido para o Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza, onde permanece internado, mas sem risco de morte.

Maria e o jovem de 26 anos apontado como intermediador foram presos quase um mês depois do crime. A Polícia chegou até eles após a prisão dos dois supostos executores, que foram capturados no mesmo dia da tentativa de assassinato e apontaram os demais envolvidos no crime.

O POVO procurou o titular da DRPC de Canindé, Daniel Aragão, responsável pelo inquérito do caso, que disse ainda não ter tido acesso ao teor da decisão que concedeu liberdade provisória a Maria Aparecida. O delegado informou que só deve se pronunciar sobre o assunto após analisar o mérito do despacho.

Conforme apurado pelo O POVO, o jovem apontado como intermediador do crime continua preso. A defesa dele também apresentou pedido de habeas corpus e aguarda decisão da Justiça.

(*) O Povo
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