O ex-policial militar Antônio José de Abreu Vidal Filho, sentenciado a 275 anos de prisão pela Chacina do Curió, em Fortaleza, e condenado a 16 meses de prisão pela Justiça dos Estados Unidos por mentir durante o processo de solicitação de visto, foi preso no dia 17 de setembro em Minas Gerais após ser mandado de volta ao Brasil pelas autoridades norte-americanas.
Conforme o advogado de defesa de Antônio José, ele foi deportado e chegou ao Brasil em um voo que pousou no Aeroporto Internacional de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ao chegar, a Polícia Federal cumpriu contra ele o mandado de prisão em aberto pela Chacina do Curió.
No dia 18 de setembro, o ex-policial passou por audiência de custódia na 2ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Pedro Leopoldo, que confirmou a detenção. Agora, ele está em um presídio da Grande Belo Horizonte aguardando a transferência para o Ceará.
Enquanto atuava na Polícia Militar do Ceará Antônio José e outros 43 agentes foram denunciados pela chacina que deixou 11 mortos na capital cearense em 2015. Ele e outros três policiais foram os primeiros condenados pelo crime, em junho de 2023. À época, ele foi sentenciado a 275 anos e 11 meses em regime inicialmente fechado, mas teve a pena reduzida para 238 anos.
Em 2016, no ano seguinte à chacina, ele chegou a ser preso preventivamente durante as investigações. Porém, em maio de 2017, ele foi solto para aguardar o julgamento em liberdade. Em maio de 2018, ele foi para os Estados Unidos e, desde então, não havia retornado ao Brasil.
No decorrer das investigações, ele foi considerado desertor da Polícia Militar por ter mudado de país, e acabou perdendo o cargo de policial.
(*) G1 CE
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