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O candidato ao governo do Ceará Capitão Wagner (União Brasil) evitou nesta quarta-feira (14) declarar apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que já o considerou candidato dele no estado. O posicionamento destoa dos realizados pelos outros principais concorrentes ao cargo, Elmano de Freitas (PT) e Roberto Cláudio (PDT), que se relacionam explicitamente com a imagem de outras lideranças políticas.
Para Carla Michele Quaresma, mestra em sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e professora da faculdade Ari de Sá, o "descolamento" da imagem de Bolsonaro é vantajoso no Ceará, onde o candidato à reeleição na disputa presidencial tem avaliação negativa.
"Isso a gente vê claramente na tentativa de alguns candidatos se afastarem do presidente Bolsonaro, com avaliação negativa por parte considerável dos eleitores em algumas regiões, como no Nordeste", destacou.
Com isso, candidatos ao governo tentam "descolar" suas imagens do presidente da República, mesmo com alinhamento ao ponto de vista ideológico de Bolsonaro. Isso ocorre, conforme a professora, pois eles sabem que essa associação pode ser muito comprometedora.
Paula Vieira, doutora em sociologia pela UFC e docente da Unichristus, observa esse movimento na estratégia utilizada pelo candidato ao governo do Ceará Capitão Wagner, a qual busca se desvincular de uma figura no páreo presidencial. Tal atuação seria sustentada pela rejeição a Bolsonaro no território cearense.
(*) G1
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