Ceará fortalece matriz de energia elétrica com avanço das fontes eólica e solar

 


Crisley Cavalcante

ecnomia@ooimista.com.br

De janeiro a agosto deste ano, o Ceará expandiu sua matriz elétrica em 201 megawatts (MW) de potência instalada para geração de energia, somando 12,7 gigawatts (GW), dos quais 3,6 GW são referentes à energia eólica, 3,6 GW (fóssil) e 5,5 GW (solar/fotovoltaica). Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Atualmente, o Estado possui 299 empreendimentos, sendo 128 eólicos, 140 fotovoltaicos e 31 centrais geradoras termelétricas. O Nordeste responde por 59% da capacidade instalada adicional no ano em todo o Brasil, que foi de 185 gigawatts (GW).

Até agora, em 2022, 16 estados das cinco regiões brasileiras passaram a contar com novas usinas. Os estados com maior expansão na capacidade de geração de energia elétrica são Bahia (671,67 MW), Minas Gerais (610,40 MW) e Rio Grande do Norte (521,14 MW).

“O setor brasileiro de energia está demonstrando, cada vez mais, seu potencial de crescimento, principalmente das fontes renováveis. Nós, no Ceará, temos o privilégio de ter bons ventos e sol em abundância, praticamente o ano todo, o que faz do Estado uma jazida de energia renovável significativa para o mundo. Tudo isso, naturalmente, vem agregado a investimentos, modernização do setor, geração de emprego e renda, inovação e fomento à pesquisa”, afirma Luiz Eduardo Moraes, diretor de energia centralizada do Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Ceará (Sindienergia).

Brasil

O Brasil todo ultrapassou os 185 gigawatts (GW) na capacidade de geração, após a entrada em operação de unidades geradoras em quatro usinas de três estados (Minas, Bahia e Paraná). Os trabalhos foram liberados para operação comercial no início deste mês pela Aneel.

Segundo a agência, as usinas solares e eólicas respondem pela maior parte da expansão identificada em agosto (650,14 MW). Mais da metade (57%) da potência agregada à matriz elétrica no mês provém de usinas solares fotovoltaicas e 220,15 MW (34%), de eólicas.

Trata-se também da segunda melhor marca do ano, superada apenas pelo mês de julho, no qual entraram em operação 708,78 MW. Em 2022, até 31 de agosto, houve crescimento de 3.706 MW na capacidade das usinas.

O consultor de energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Jurandir Picanço, diz que os números do País e do Estado são animadores.

“São projetos em andamento e ainda a serem iniciados, mas com valores de investimento muito representativos. Essa expansão de 201 MW é muito benéfica para o Ceará, pois representa mais desenvolvimento para a economia local, com destaque para expansão das fontes renováveis. Muitos desses contratos se concretizaram, mas outros precisam ser definidos, o que deve resultar em um crescimento ainda maior nos próximos meses”, observa.

(*) O Otimista

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