As tensões marcam as pré-campanhas eleitorais. É a temporada onde se busca apoio político de partidos, lideranças políticas e da população. O importante são a movimentação e os resultados a serem apresentados nas convenções partidárias, a arena política em que se decide quem serão os candidatos.
Declarações isoladas de apoio são naturais. A política se move, não existe cadeira vazia. Ela será ocupada. A política é a única saída para os problemas de uma cidade, um estado ou um país. Para se vencer uma pré-campanha, é salutar conquistar os melhores apoios por parte de importantes líderes, entidades, movimentos sociais e o povo, muito povo, até carimbar a conquista do lugar mais alto.
Não se pode esconder o grande volume das pré-campanhas do ex-prefeito Roberto Cláudio e da governadora Izolda Cela. Roberto tem seu time, Izolda, o dela e Mauro Filho, também. Cada um com os apoios que têm conquistado. É muito natural na política as lideranças se dividirem na pré-campanha. Cada amigo aliado tem seus preferidos. Edinho Nobre, prefeito de Banabuiú, é autor de importante depoimento. “Voto no Mauro Filho, há 30 anos. Considero-o melhor nome para governar o Ceará. Espero que seja o escolhido. Se não for, voto e apoio o candidato do PDT”, declarou, em ato de apoio ao deputado. No encontro do PDT Nordeste, Carlos Lupi, presidente nacional do partido, disse que considera Roberto Cláudio o melhor nome para governar o Estado. Em Barbalha, Camilo Santana disse que Izolda merece seguir para a reeleição. Evandro Leitão tem a mesma opinião de Camilo. Todo esse movimento de declarações é natural, não se pode construir ódio em pré-campanha. O importante é conquistar votos dos convencionais, o pequeno colégio eleitoral que define nomes e escolhe os principais candidatos.
Nos Estados Unidos, país que o Brasil tomou como modelo para implantar a legislação eleitoral, as pré-campanhas têm até primárias, as votações locais para escolha de candidatos aos governos, com grandes disputas. O vencedor, em seguida, recebe o apoio de todos. Vamos ter que nos acostumar com a nova tática lançada por Cid Gomes, que tenta modernizar a escolha de candidatos de baixo pra cima, colocando a população, as entidades de classe, os movimentos sociais, vereadores, prefeitos, deputados, pesquisas no processo e, por último, definindo nome que melhor se saiu. O PDT está lançando uma nova semente. Sairá ganhando. Já ocupa 90% da mídia. Cid acompanha todos os movimentos e abre um sorriso, quando falam de briga interna. “Estaremos juntos”, declara.
(*) Roberto Moreira
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