Crusoé: "Precisamos falar sobre o PCC" <> Inquéritos obtidos pela reportagem mostram como os criminosos se aproximaram de integrantes do PT

 08/07/2022 <> SEXTA-FEIRA

“Precisamos falar sobre o PCC”, diz a Crusoé.

A reportagem exclusiva de Claudio Dantas, baseada em inquéritos sigilosos, mostra como a facção criminosa se aproximou de integrantes do PT e avançou perigosamente sobre a política.

Leia um trecho:

“Há um mês, a Polícia Civil de São Paulo cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Senival Moura, líder do PT na Câmara de Vereadores de São Paulo. Ele seria preso na operação, mas a Justiça negou o pedido da polícia, que o investiga por lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC) e envolvimento no assassinato do empresário Adauto Soares Jorge, presidente da cooperativa Transunião Transportes. A empresa, que teria controle compartilhado entre o vereador petista e a organização criminosa, possui contrato de 100 milhões de reais por ano com a Prefeitura de SP, para prestar serviços na Zona Leste da capital paulista.

No inquérito, ao qual Crusoé teve acesso, o delegado Vagner Alves da Cunha relata que a investigação do assassinato enveredou pela política a partir da colaboração espontânea de uma fonte ligada à vítima. Segundo o depoente, identificado apenas como ‘Guilherme’ e cuja identidade real é mantida em sigilo absoluto, Senival seria ‘figura central’ do esquema do PCC no transporte público alternativo em SP. Suas campanhas eleitorais, desde 2002, teriam sido bancadas pelo crime organizado (…).

Se as declarações de Marcos Valério à PF, que petistas chamam de requentadas, não forem suficientes para a abertura de uma CPI, o caso de Senival Moura tende a reavivar o debate. Mas o que a cúpula do PT teme mesmo é o avanço de outra investigação deflagrada recentemente contra João Muniz Leite, contador de Lula e também suspeito de lavar dinheiro para o Primeiro Comando da Capital. Uma semana após a operação contra Senival, o Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) pediu à Justiça o sequestro de bens de Muniz Leite e de sua mulher, que, segundo as investigações, ganharam 55 vezes em loterias federais somente em 2021. Em uma das vezes, ele dividiu um prêmio de 40 milhões de reais da Mega Sena com o traficante Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, de quem também era contador. Principal fornecedor de drogas do PCC, o traficante foi morto em dezembro passado, num caso rumoroso envolvendo a lavagem de até 2 bilhões de reais em criptomoedas (…).

Curiosamente, o contador de Cara Preta também foi responsável por abrir empresas de Roberto Teixeira, compadre e advogado de Lula, e dos filhos do ex-presidente. Os mais recentes CNPJs de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, e sua esposa Renata foram providenciadas por ele, responsável também pelas declarações anuais de IR do petista há mais de 15 anos.”

(*) O Antagonsta

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