Ou Bolsonaro não entendeu, ou finge que não entende para ver se cola. Em 2018, ele se apresentou em campanha como o candidato que mais desafiava o sistema. O sistema era tudo que não prestava. Embora deputado federal há 28 anos, ele não era político.
Por falta de imaginação ou porque seu governo foi um dos piores da história recente do país, Bolsonaro tenta desajeitadamente vestir a mesma fantasia com a qual foi eleito. À falta de realizações que melhorassem a vida dos brasileiros, aposta no antipetismo.
Só que a situação, hoje, é muito diferente. Lula, que há quatro anos estava preso e da cela liderava todas as pesquisas de intenção de voto até início de setembro, está solto e é candidato. O antipetismo diminuiu. O campeão de rejeição é ele, Bolsonaro.
Lula é o candidato que fez, e por isso pode dar-se ao luxo de ser o principal fiador dele mesmo; Bolsonaro, o candidato que prometeu um monte de coisas e não entregou. O desafiante é Lula. Bolsonaro é incumbente, obrigado a se explicar o tempo todo.
(*) Metrópoles
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