RC: Racha e lançamento de Elmano ajudam democracia

O candidato do PDT ao Governo do Estado, o ex-prefeito Roberto Cláudio, disse nesta terça-feira (30) que a entrada de um terceiro candidato competitivo no pleito estadual, possibilitada pelo rompimento entre petistas e pedetistas no estado, acaba beneficiando a democracia cearense. Segundo ele, em entrevista à TV Ceará, a disponibilidade de mais nomes na disputa é benéfica para o eleitor.
Na ocasião, ele falava sobre o racha entre os dois partidos, apontando que o PT decidiu deixar a aliança só após a escolha de seu nome, por parte do PDT, para disputar o Governo do Estado. “Após, e em nenhum momento antes da escolha, houve a decisão unilateral de não permanecer na aliança e lançar um candidato. Existem versões, mas entre muitas versões o que se julga são os fatos, e esse é um fato concreto, que o PT tomou a decisão, logo após a minha escolha, de lançar candidato. Eu respeito, faz parte da democracia e inclusive amplia as oportunidades para um debate mais profundo no primeiro turno”, diz ele, rejeitando ainda a ideia de uma disputa polarizada.

A rejeição à polarização em disputas majoritárias espelha o posicionamento dos pedetistas sobre a eleição nacional, sendo o presidenciável Ciro Gomes (PDT) um dos principais críticos à ideia de polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que lideram as pesquisas de intenção de voto. Ciro, na terceira posição, busca se cacifar para crescer no primeiro turno e passar a marca de Bolsonaro.

Padrinhos
Apesar do gesto, que pode ser encarado como uma tentativa de aliviar tensões entre petistas e pedetistas, Roberto Cláudio repetiu a crítica feita na véspera (29) de que Elmano de Freitas (PT) deu espaço excessivo a seus cabos eleitorais durante o debate ocorrido no mesmo dia. “Há diferença entre apoio e padrinho para quem não tem o que apresentar de experiência passada ou proposta futura”, pontuou ele, dizendo ainda que na campanha de 2012 à Prefeitura de Fortaleza, disputada por ele e por Elmano, Lula aparecia mais do que o próprio candidato.
Segundo ele, isso difere, por exemplo, da posição adotada pelo então governador – e hoje senador – Cid Gomes (PDT), que “aparecia momentaneamente dando aval a propostas”, como um “apoio que daria como governador”. RC foi lançado à Prefeitura em 2012 apoiado por Cid e Ciro, além do restante do grupo político que hoje integra o PDT.

RC ainda repetiu que entende o racha como uma decisão unilateral do PT – que é o contrário do que dizem os petistas, que apontam que o rompimento foi decidido pelo PDT por escolher o ex-prefeito de Fortaleza como candidato em vez da governadora Izolda Cela. O PT e outros partidos que integravam a base aliada defendiam enfaticamente a indicação de Izolda para a disputa e alegam que foram excluídos das discussões internas sobre a definição do nome.

O tema dos apoios políticos às candidaturas dominou o debate da última segunda-feira, quando RC, Elmano e o candidato do União Brasil, Capitão Wagner, trocaram críticas e acusações sobre o tema ao longo da discussão.

FBI
Também na trilha do debate da TV Cidade, RC voltou a criticar a proposta de Wagner sobre trazer estratégias adotadas no FBI para o governo cearense. “Parece que está no desenho animado, eu queria saber até qual era o super-homem que ele ia trazer para cá”, debochou ele, como fez na véspera. “Uma ilusão”, continua, pontuando que nem a Justiça brasileira nem a norte-americana permite algo do tipo, e que a proposta na verdade dizia respeito à contratação de um consultor que já atuou no FBI – “intenção de ludibriar o eleitor”, opina.

(*) O Estado
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