Campanha no Ceará volta a ter olhar do Estado



Roberto Cláudio, Elmano de Freitas e Capitão Wagner vão duelar, com debate sobre projetos para o Ceará. O cenário nacional para os três complicou. Fizeram alianças com partidos que apoiam Bolsonaro, Ciro e Lula. Talvez, no segundo turno, a nacionalização da campanha volte à pauta dos candidatos.

O leitor precisa saber que os partidos miraram no tempo de rádio e TV, buscando melhor fatia nas inserções e programas. As questões ideológicas e programáticas foram parar na lata do lixo.

À luz da verdade, os partidos só servem mesmo para negócio, na atual conjuntura brasileira. Os deputados, senadores e vereadores não seguem qualquer norma ou estatuto dos partidos. O cheiro de poder e das emendas parlamentares são suas prioridades. É o voto em troca de benefícios.

Em 1985, quando surgiu a nova república, deputados e senadores tinham sob seus controles 4% do orçamento da Nação, com direito a apresentar emendas de bancada, de comissões e individuais. E não eram impositivas. Hoje, nada mais nada menos do que 25% do orçamento nacional tem como ordenadores de despesa deputados federais e senadores, incluindo o orçamento secreto, que atinge até R$ 30 bilhões, além das emendas impositivas, que o governo não pode deixar de pagar para evitar improbidade administrativa.

O registro sobre emendas foi para ilustrar e alertar a mente do eleitor sobre o erro do governo federal em abrir mão do seu papel de governar. Voltando aos partidos, fica claro para a população qual é o real papel dos partidos na atual conjuntura: simplesmente abrigar político, servindo de cartório para legitimar os agentes públicos, que tratam mais de recursos do que fiscalizar o governo e fazer leis, papel constitucional do parlamento.

Dia 16 começa a campanha. Candidatos poderão usar a internet, alto falantes, carros de som e fazer passeio ciclístico, carreatas e motociatas. Para manter as alianças, cada partido, no mesmo palanque, defenderá seu candidato a presidente. Na teoria, parece natural, mas ao andar da campanha, as pesquisas vão mostrando caminhos, por exemplo, se vale a pena divulgar os candidatos a presidente. A aposta é o palanque local.

(*) RM
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Campanha no Ceará volta a ter olhar do Estado BLOG DO CARLOS DEHON Rating: 5 segunda-feira, 8 de agosto de 2022

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