Capitão Wagner demonstra dificuldade em apoio a Bolsonaro. Candidato não acredita em rompimento total entre PDT e PT



No Ceará, adversários do Capitão Wagner, e até bolsonaristas que fazem parte de seu arco de aliança, criticam sua falta de posicionamento mais claro em relação ao presidente da República. Bolsonaro, por outro lado, em algumas ocasiões, já demonstrou apoio ao candidato da oposição no Ceará. Em entrevista ao site UOL, o deputado federal disse que, por questões legais, deve apoiar a candidatura do União Brasil à Presidência da República. No entanto, ele já havia afirmado que estaria livre para decidir voto em quem quisesse.

O partido do presidente da República, o PL, indicou Raimundo Gomes de Matos como o candidato a vice-governador na chapa de Wagner, e o ex-deputado federal deve ser o responsável pelo palanque de Bolsonaro no Ceará. Em justificativa para uma posição mais neutra nesse período, o candidato ao Executivo Estadual afirmou que construiu arco de aliança, com maior tempo de TV, e ao menos quatro candidaturas a presidente.

“A gente tem palanque amplo e dentro desse palanque vamos dar liberdade para que cada partido atue com os seus candidatos. No Ceará tentam puxar o debate nacional para o Estado”, disse. Questionado sobre um eventual voto em Bolsonaro e apoio aos atos do presidente, ele afirmou que durante seu mandato parlamentar atuou de forma independente e disse que só vai definir apoio após conversar com o União Brasil.

“Não sou o apoiador que diz amém para tudo. Tenho muito respeito pelo presidente da República e pela Presidência. Seja quem for o presidente, tenho obrigação institucional de sentar e cobrar benefício para o Ceará, Seja o Lula, o Bolsonaro e até o Ciro Gomes. Se ele chegar à presidência, teremos que ter hombridade e compromisso de sentar para dialogar”, defendeu.

Capitão Wagner afirmou, ainda, não acreditar que tenha havido um rompimento completo entre PT e PDT, visto que os partidos seguem aliados no campo administrativo do Governo do Estado e Prefeitura de Fortaleza. No entanto, destacou que o racha político tem lhe beneficiado. “Enquanto eles estão brigando, eu estou trabalhando. A gente largou na frente e isso nos deu a oportunidade de consolidar nossa candidatura”.

Motins

O parlamentar também denunciou um suposto envolvimento de políticos cearenses com o crime organizado, o que teria sido acatado pelo Governo do Estado. “No meu governo, a gente não vai passar a mão na cabeça de político”. Questionado sobre a realização de motins, o candidato disse ser contra, e só apoiou a paralisação militar de 2012, inclusive, sendo um de seus líderes, porque não estava amadurecido o suficiente.

Ele citou, inclusive, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que a Assembleia Legislativa cearense instalou para apurar a atuação das Associações de Militares com o último motim de policiais para dizer que a CPI teve como relator o seu concorrente na disputa pelo Governo do Estado, o deputado Elmano de Freitas, e nada ter encontrado sobre envolvimento seu com o movimento.

(*) Edson Silva

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