Corrupção, pandemia e salário mínimo: como foi o último confronto entre Lula e Bolsonaro

 29/10/2022 <> SÁBADO



Os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) participaram, nesta sexta-feira, 28, do último debate antes do segundo turno, no domingo, 30. A mediação do confronto realizado pela TV Globo é feito pelo jornalista William Bonner. O encontro, a dois dias do pleito, foi marcado por momentos de tensão e embates entre os opotentes. A palavra ‘mentiroso’ foi uma das mais usadas pelos dois candidatos. Entre os temas debatidos estiveram a criação de emprego, corrupção, meio ambiente, gestão da pandemia e combate à fome.

Também foram citados casos como a compra de Viagra pelas Forças Armadas e a prisão de Roberto Jefferson (PTB).
Troca de acusações

A primeira parte do debate foi marcada por trocas de acusações e ofensas. Ainda no primeiro bloco, o presidente Jair Bolsonaro, ao questionar o petista, pediu para que Lula ficasse próximo. Este, por sua vez, rebateu: “não quero ficar perto de você”. No primeiro bloco, quando cada candidato tem direito a 15 minutos livres, cada, o tema inicial foi a economia, como o Auxílio Brasil e a política de valorização do salário mínimo, além de trocas de acusações entre os dois participantes.

“Você tinha que estar preso, Lula”, disse Bolsonaro. “Ao invés de explicar o que ele quer fazer [em eventual segundo mandato], ele fica como se fosse o cara de um samba de uma nota só. Estou dizendo o seguinte: ‘eu tenho idoneidade, você não tem'”, rebateu o petista.

Sobre a valorização do salário mínimo, o chefe do Executivo acusou a campanha do petista de produzir fake news para dizer que ele acabaria com o 13º salário salário e outros direitos trablhistas. “Concedemos o reajuste ao salário mínimo no mínimo pela inflação”, afirmou Bolsonaro. No debate, o mandatário prometeu um salário mínimo de R$ 1.400 a partir do próximo ano, caso seja reeleito.
Respeito à Constituição

No segundo bloco do debate, os candidatos debatarem sobre respeito à Constituição. Com a palavra, Bolsonaro afirmou que ‘joga nas quatro linhas da Constituição’ durante o seu mandato e questionou Lula: “Você defende invasão de terras, Lula. Isso é respeita a constituição?”, indagou.

O petista, por sua vez, acusou Bolsonaro de não ter respeito à Democracia. “O cidadão diz que respeita à Constituição e vive, todo santo dia, ameaçando um ministro da Suprema Corte. Ele vive ameaçando que não vai respeitar as decisões e xingando ministros”, rebateu.

Presidente por duas vezes, Lula tenta voltar ao Palácio do Planalto argumentando que o País precisa voltar a status em segmentos variados vividos anos atrás. Em busca de sua reeleição, Bolsonaro tenta se apegar ao que ainda pode ser feito em prol de sua continuidade. Nas principais pesquisas de intenção de votos, Lula lidera a disputa com margem de até quatro pontos percentuais de diferença positiva.
Pandemia

Durante o terceiro bloco do debate, foram debatidos temas como gestão do Governo Federal na pandemia e segurança pública. O candidato petista acusou o atual presidente de negligência na compra de vacinas contra a covid-19.

“Ele montou um comitê de crise que não orientava ele para combater a crise, orientava para negar a covid, para vender cloroquina e para ele fazer pouco caso de uma pessoa que estava morrendo“. Bolsonaro, por sua vez, destacou investimentos do Governo Federal na área da saúde e defendeu sua gestão na crise sanitária. “Nós compramos mais de 500 milhões de doses. No mesmo dia que a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] autorizou a gente começou a aplicar a vacina”, rebateu o presidente.

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