A Caixa Econômica Federal quer aumentar de dois para cinco dias o prazo máximo para liberar o dinheiro das operações contratadas do crédito consignado do Auxílio Brasil. O pedido foi feito ao Ministério da Cidadania, que poderá ampliar o prazo também para as demais instituições financeiras que operam esse tipo de empréstimo.
Depois de suspensas no fim de semana por causa de manutenção do sistema, as operações do crédito consignado pela Caixa voltaram nesta segunda-feira (24), mas foram novamente cessadas por um período de 24 horas, com a recomendação determinada pelo TCU (Tribunal de Contas da União).
O ministro Aroldo Cedraz, em despacho na segunda-feira (24), deu 24 horas para que o banco explique o processo de concessão do empréstimo e recomendou a suspensão durante esse período.
A ação para suspender o crédito foi protocolada pelo procurador do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Furtado. No processo, Furtado pediu a suspensão da concessão do crédito devido a possível “desvio de finalidade” e uso “meramente eleitoral”. Para ele, pode haver prejuízo iminente para a Caixa, para a lisura do processo eleitoral em curso e para a moralidade pública.
O processo está em análise e, segundo o TCU, ainda não há previsão de data para que o julgamento ocorra.
A Caixa informou em nota que atenderia o pedido do TCU dentro do prazo estabelecido, por 24 horas. “Nos contratos que foram celebrados na data de hoje (segunda-feira, 24), a Caixa informa que não há previsão de liberação de valores financeiros referentes a essas solicitações, nas próximas 24 horas, cumprindo automaticamente a prudência recomendada”, disse o banco.
Demanda Auxílio Brasil
Até sexta-feira (21), a Caixa tinha emprestado R$ 2,1 bilhões em crédito consignado, uma demanda muito superior à expectativa do banco de alcançar R$ 1 bilhão de liberação nesse tipo de crédito. Na própria sexta-feira, o banco bateu o recorde de atendimentos presenciais — foram 900 mil, sendo que a marca anterior era de 600 mil.
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