28/10/2022 <> SEXTA-FEIRA
BRASÍLIA (Reuters) - Cabo eleitoral atuante do presidente Jair Bolsonaro (PL) antes do primeiro turno das eleições, o ministro da Economia, Paulo Guedes, passou a adotar postura defensiva nos últimos dias após se tornar alvo central de críticas de opositores à campanha bolsonarista na reta final do processo eleitoral.
A disseminação de notícias sobre medidas potencialmente impopulares que surgiram do Ministério da Economia, com o vazamento de estudos feitos internamente na pasta, também acendeu alerta de aliados do presidente.
Nome forte da campanha de Bolsonaro em 2018, quando recebeu a chancela de "posto Ipiranga" e uma suposta carta branca para comandar a política econômica do país, Guedes já recebeu do presidente a sinalização de que poderá continuar no cargo em um eventual segundo mandato.
Nos últimos meses, mesmo não atuando ativamente do núcleo da campanha, o ministro vinha participando de uma série de eventos para exaltar a melhora de indicadores econômicos, como a redução do desemprego, o crescimento da atividade e o recuo da inflação.
A postura mudou nos últimos dias, com Guedes usando os eventos para se defender, negar repetidamente a adoção de medidas impopulares e disparar acusações contra a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus apoiadores.
Para mitigar os efeitos negativos das notícias recentes, a campanha de Bolsonaro divulgou nesta quinta-feira sete vídeos com Guedes, nos quais ele destaca dados da economia, promete manter o Auxílio Brasil turbinado e responde a perguntas sobre as supostas medidas em estudo, afirmando se tratar de mentiras.
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