Com veto a Roberto Jefferson, PTB vai se fundir ao Patriota Ex-deputado preso não poderá ocupar qualquer cargo de liderança na nova legenda, exigiu o Patriota



A direção nacional do PTB aprovou, nesta quarta-feira, 26, a fusão com o Patriota. Decisões sobre o nome da nova sigla ou número ainda não foram tomadas. As agremiações se unem para atender as exigências da cláusula de barreira, que impede o repasse de recursos financeiros a legendas que não tenham atingido resultados mínimos.

Preso no último domingo, 23, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) não ocupará cargos na nova sigla.

O Patriota ainda vai se reunir para debater a fusão, mas a tendência é de que a iniciativa seja aprovada. Para que ocorra em definitivo, a proposta precisa passar por análise do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O PTB foi o partido que abrigou figuras como o presidente Getúlio Vargas e dizia representar um histórico trabalhista. Contudo, nos últimos anos, a sigla foi desidratada. Jefferson passou pelo mensalão e, nos últimos, se ligou ao bolsonarismo. No último fim de semana, preso em casa, ele usou a internet para promover insultos misóginos a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia. Depois disso, recebeu ordem de prisão e disparou tiros de fuzil e granadas contra os agentes da Polícia Federal responsáveis por buscá-lo.

Por isso, o Patriota exigiu que o ex-deputado não tenha nenhum cargo na Executiva Nacional da nova legenda e nem mesmo comande qualquer diretório estadual.

A tendência é que o Patriota ocupe o maior número de cargos de liderança por ter obtido desempenho melhor no último pleito.

Neste ano, o PTB, que tinha apenas dez eleitos, conseguiu a vitória somente de Bebeto, deputado federal eleito pelo Rio de Janeiro.

Apostas da legenda, como o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, e Cristiane Brasil, filha de Jefferson, não conseguiram ser eleitos deputados. O ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB) também não teve sucesso na disputa pelo governo de Alagoas e o senador Roberto Rocha (PTB-MA) não conseguiu ser reeleito.

Já o Patriota conseguiu quatro eleitos, mas continua nanico com o resultado. Pela cláusula de barreira, os partidos precisam ter pelo menos 11 deputados federais distribuídos em nove Estados ou ter, no mínimo, 2% dos votos válidos para a Câmara Federal no mesmo número de unidades da federação. A fusão entre as duas legendas atende ao segundo critério.


(*) Jornal Opinião
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