Advogado é preso por ameaçar de morte promotor do caso da chacina de Planaltina O advogado preso postou fotos com armas nas redes sociais e chegou a participar de um curso de formação para policiais militares no Ceará

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) cumpriu nesta manhã (19/2) mandado de prisão preventiva contra um advogado por ameaça e perseguição a um promotor de Justiça. A ação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e autorizada pela Justiça no plantão, foi denominada de Operação Catálise.

A vítima é um dos promotores de Justiça que atua no caso da chacina de 10 pessoas da mesma família em Planaltina e que denunciou cinco pessoas pelos assassinatos. Ainda não há evidências de que as ameaças tenham relação com esse caso.

Além da prisão, os promotores de Justiça fizeram busca e apreensão na casa do advogado, que foi levado por policiais civis para a carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE).

O advogado preso postou fotos com armas nas redes sociais e chegou a participar de um curso de formação para policiais militares no Ceará. Ele, no entanto, não tem registro para porte de armas.

Para o MP, a prisão preventiva se justifica pelo risco concreto à integridade física da vítima, o promotor de Justiça.

O investigado esteve no condomínio onde mora o promotor, deu cavalo de pau na frente da casa dele, dirigiu em alta velocidade pelas ruas do loteamento e gritou na portaria, segundo testemunhas, que “não tinha medo do Ministério Público e que estavam acabando com a vida dele; que estava dando um recado e que a pessoa sabe que era para ela; que o recado estava dado".

Na semana passada, o advogado, agindo de forma transtornada, esteve na Promotoria de Justiça de Sobradinho, para novamente fazer ameaças contra o integrante do MPDFT.

Ele disse aos presentes: “para avisar pra ele (promotor) que o sangue vai correr, que não tinha medo de juiz, do Bope, de policial militar e civil e nem de ninguém”; “que o promotor tinha intimado ele para depor na DP e que se fosse o caso ele morria e matava e dava o sangue e que não tinha medo de polícia e promotor”; “que iria derramar o sangue dele próprio ou do promotor”.

Até o pai do advogado advertiu o promotor de que não tinha condições de impedir algo grave porque o filho passa por problemas psicológicos. Os dois se conhecem desde a infância. Mas, segundo a vítima, não há motivos para tal perseguição.

(*) Correio Braziliense

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