Leitor da coluna que escrevo diariamente no jornal Opinião e assíduo do blog, o servidor público Emanuel Sobrinho, mandou um e-mail me desafiando a escrever sobre como ficaria Cid Gomes se Roberto Cláudio e Elmano, hipoteticamente, fossem para o 2º turno na eleição para o governo do Ceará? Decidi responder e me baseio nas raras e últimas entrevistas de Cid. Ele continuaria fora da campanha.
Mas, como a política tem muitas alternativas, no campo das hipóteses, Cid pode entrar no jogo. A circunstância é a preocupação em manter vivo um projeto. Roberto e Elmano seriam para Cid algo como “está tudo em casa”. Ele participaria dos dois palanques. Por que não?
Na quinta-feira, em evento político da Fundação Leman, Cid Gomes foi homenageado por Ivo. Izolda e Veveu Arruda por terem aceito o desafio da Fundação Airton Sena e dado início ao combate ao analfabetismo em Sobral, o que gerou a política de educação de sucesso refletida em todo o Brasil e interessando a outras nações, como o Paquistão e o Quênia. Os dois, com altos índices de analfabetismo, enviaram educadores para conhecer o programa Alfabetização na Hora Certa.
Cid aproveitou o momento para dar aula de política, durante uma entrevista. Na verdade, mandou um recado para Elmano e Roberto Cláudio, uma espécie de apelo. Sugeriu pouparem a governadora Izolda: “Os estrategistas. marqueteiros, mandam falar e fazer uma coisa ou outra. Se arranhar no fígado, ataque este outro (Wagner)”. Cid ainda deu a dica: “Vendo um programa eleitoral, achei algo estranho. Olhei, olhei e vi um candidato com o rosto diferente. As mulheres falam muito”, disse Cid, insinuando que Wagner teria feito harmonização facial.
O senador não vive sem fazer política. “Estou de coração apertado”, afirmou, se referindo ao problema criado com o rompimento da aliança PDT-PT. Conclusão, respondendo ao leitor: Cid acompanha tudo, sem falar com os atores ou os candidatos.
(*) Roberto Moreira
www.carlosdehon.com
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