Aliado tenta explicar ausência de Bolsonaro na campanha de Wagner e colega dispara: “Não tem mais o capitão lá e capitão cá”

 17/08/2022 <> QUARTA-FEIRA



A ausência do presidente Jair Bolsonaro na campanha de Capitão Wagner, que tem boa parte de seu eleitorado alinhado com as pautas bolsonaristas, voltou a ser tema na sessão ordinária da Câmara de Fortaleza, na manhã desta terça-feira (16). O vereador Márcio Martins (PROS) tentou explicar a obrigatoriedade que seu líder teria de apoiar a candidatura de Soraya Thronicke (UB) à Presidência da República, mas foi rebatido por Adail Júnior (PDT), que ironizou o distanciamento do líder da oposição no Ceará com o chefe do Poder Executivo Federal.

Capitão Wagner, assim como outros candidatos ao Executivo Estadual no Brasil, tem evitado falar de Bolsonaro e atrelar sua candidatura à do presidente da República, que aparece na segunda colocação em pesquisas eleitorais no Estado. Márcio Martins tentou acalmar os ânimos do eleitorado bolsonarista, que vem criticando o postulante por “esconde” Bolsonaro. O deputado estadual André Fernandes (PL) foi um dos que passou a criticar o posicionamento do aliado.

“Óbvio que no primeiro turno o Capitão vai votar na candidata do União Brasil. Não podemos, neste momento, em nome, muitas vezes, de um desconhecimento e vaidade, deixar de caminhar junto com o projeto de mudanças no Ceará. O Capitão está subordinado à legislação eleitoral e precisa cumprí-la”, disse. Ele pediu maturidade dos que defendem o projeto de Wagner, em especial os empresários, e criticou o que chamou de “radicais”.

Palanque

Capitão Wagner já havia dito que apoiaria quem ele quisesse no pleito eleitoral deste ano, e mesmo com a então pré-candidatura de Luciano Bívar, o presidente do partido havia liberado sua candidatura no Ceará para apoiar quem quisesse, a exemplo do que fez em 2018, quando o PROS estava na coligação de Fernando Haddad, do PT, e no Estado Wagner apoiou e fez campanha para Jair Bolsonaro.

Em resposta às falas de Márcio Martins, o vereador Adail Júnior (PDT) disse que Wagner não apoia Bolsonaro, mas a candidata do União Brasil. Se reportando aos bolsonaristas, Adail disse que quem apoia Bolsonaro não está mais alinhado com o candidato ao Governo do Estado. “Como vão ficar esses que defenderam o capitão lá e o capitão cá. Não tem mais capitão lá. Nosso palanque está aberto para o Ciro e o palanque do Elmano para o Lula. Como ficam os bolsonaristas de hoje, com essa decisão do Capitão Wagner não ser mais bolsonarista?”, questionou.

(*) Blog do Edson Silva

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